Comer doce demais causa Diabetes?

Comer doce demais causa Diabetes?

Mitos e verdades sobre a doença!

 

 

Um estudo divulgado este ano pela conceituada revista científica Lancet, assustou a população mundial informando que nos próximos 30 anos teremos o dobro de pessoas diabéticas no planeta em relação aos dias de hoje. Isso significa uma projeção de 1,3 bilhão de pacientes com diabetes em 2050.

A proximidade do dia mundial de combate ao Diabetes, que será dia 14 de novembro, levou a Dra. Tassiane Alvarenga, Endocrinologista e Metabologista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a explicar os mitos e verdades que rondam a doença. De quebra, ela ainda dá dicas de como saber quando é necessário investigar uma suspeita e como se dá o tratamento dessa doença, que atinge perto de 17 milhões de pessoas no Brasil.

“Você pode escolher o bom controle dessa doença todos os dias, não só nesta data. Plantar um estilo de vida saudável para colher saúde e qualidade de vida é uma decisão diária”, lembra a médica.

 

1) Diabetes tem causa genética

Verdade.

Já se sabe que há uma influência genética significativa na fisiopatologia do diabetes. Ter um parente de primeiro grau com a doença aumenta consideravelmente as chances de você ter também. O diabetes tipo 2 tem uma maior predisposição genética que o diabetes tipo 1. Dra. Tassiane explica: “Se um dos pais tem diabetes, ocorre uma chance três vezes maior de o filho desenvolver a doença ao longo da vida. Se pai e mãe possuem esta condição, o risco aumenta em seis vezes”.

 

2) Diabetes geralmente não causa sintomas

Verdade.

Em cerca de 50% dos casos, a doença fica assintomática nas suas fases iniciais e intermediárias, segundo a médica.

 

3) Comer muito doce causa diabetes

Mito.

Mais ou menos 90% dos casos de diabetes são do tipo 2, que é desencadeado por fatores conjugados, como tendência genética, ganho de peso, alimentação errada e vida sedentária.

A ingestão de doces contribui com o excesso de calorias, a verdadeira razão do ganho de peso. Ainda assim, “mesmo que o paciente não consuma muitos doces, outros alimentos como pães, arroz, massa ou qualquer item rico em carboidrato tem o potencial de estimular o ganho de peso e, por consequência, favorecer o risco de desenvolver diabetes”, pontua a endocrinologista.

Segundo ela, o consumo desses produtos em excesso aliado à tendência genética e ao sedentarismo, por exemplo, pode estimular a doença. Ou seja, o principal fator de risco para desenvolver diabetes tipo 2 ao longo da vida é o ganho de peso.

 

4) Todo produto diet é liberado para os diabéticos

Mito.

É preciso entender a diferença entre produtos Diet e produtos Light. Os alimentos diet se destinam a grupos populacionais com necessidades específicas e significa que o produto é isento de um determinado nutriente. Na maioria dos casos, os produtos diet são livres de açúcar, mas é importante comprovar se o nutriente retirado foi mesmo o açúcar, e não gordura, sódio ou outro componente.

O produto pode, ainda assim, apresentar calorias, tornando seu consumo sujeito a restrições para diabéticos. Além disso, os produtos dietéticos sem adição de açúcar podem conter outras formas de carboidratos que também interferem na glicemia, como frutose, lactose, amido ou maltodextrina. “O mais importante é usar com moderação e ficar sempre de olho na quantidade de carboidratos contida no produto”, recomenda a endocrinologista.

Por sua vez, os alimentos light são direcionados a pessoas que buscam uma alimentação mais saudável. Eles apresentam redução mínima de 25% em determinado nutriente ou calorias, quando comparado ao produto convencional. “A redução de calorias pode vir da diminuição no teor de qualquer nutriente (carboidrato, gordura, proteína), mas não quer dizer que seja sem açúcar”, alerta Dra. Tassiane.

 

5) Tenho Diabetes e vou ter problemas nos rins, olho e coração

Mito.

“O bom controle da glicemia é capaz de evitar todas as complicações”, garante a especialista.

 

6) Estresse pode subir a glicose no diabético

Verdade.

De acordo com Dra. Tassiane, o estresse pode levar ao descontrole glicêmico (açúcar alto no sangue) por vários motivos. “A primeira razão tem causa hormonal: o estresse crônico aumenta o nível do hormônio cortisol, que ocasiona, dentre outras coisas, o aumento da gordura abdominal, que, por sua vez, aumenta o risco de diabetes”, explica ela.

A segunda razão, continua a médica, se revela justamente por meio do comportamento: “O estresse aumenta a fome, a gula e a ansiedade, o que faz o paciente ir em busca de alimentos ricos em calorias, como bolo, pizza, chocolate e massas, entre outros”, diz a especialista.

Quem deve investigar se pode estar com diabetes?

– Toda pessoa acima de 45 anos;

– Pacientes com menos de 45 anos que apresentem sobrepeso (IMC > 25 Kg/m2);

– Pessoas sedentárias;

– Quem tem histórico familiar de diabetes tipo 2;

– Pacientes HAS (Hipertensão Arterial Sistêmica), ou seja, pessoas com pressão alta;

– Pessoas com DLP (Dislipidemia): colesterol e triglicerídeos;

– Indivíduos com acantose nigricans, aquela mancha escurecida e aveludada no pescoço, virilha e axilas. Ela é um sinal de que o pâncreas está sobrecarregado;

– Crianças com sobrepeso e fatores de risco também devem ser investigadas.

Como faz para diagnosticar o diabetes?

Teste de glicemia em jejum;
Teste oral de tolerância a glicose (1 copo com 75g de glicose): medir a glicemia 2 horas depois;
Hemoglobina glicada: exame que fornece a média da glicemia dos últimos 3 meses e se torna um excelente parâmetro para avaliar se o diabetes se encontra ou não bem controlado;
Teste DXT acima de 200, com muita ingestão de água, urinando em excesso, fome e perda de peso

A pacientes que usam medicação, a Dra. Tassiane pede atenção: “O ideal é usar um remédio que controle o açúcar, mas que também ajude o paciente a emagrecer”, diz ela, ao pontuar que a obesidade é um dos grandes fatores fortalecedores da doença”.

Para ela, a medicação deve, ainda, ajudar na diminuição da circunferência abdominal (barriga), no controle da pressão arterial e dos níveis de colesterol e triglicerídeos, além de diminuir a chance de infarto e AVC, a principal causa de morte no Brasil e no mundo.

 

Pilares fundamentais para o tratamento de diabéticos

1) Alimentação saudável

2) Atividade física

3) Medicação correta

4) Parceria médico-paciente visando um controle da saúde global

5) Equilíbrio entre estresse e felicidade

 

Dra. Tassiane Alvarenga – ENDOCRINOLOGISTA E METABOLOGISTA

 

Fonte: Michelly UPDate Comunicação (michelly@updatecomunicacao.com.br) / Dra. Tassiane Alvarenga – ENDOCRINOLOGISTA E METABOLOGISTA

Imagem: https://escolakids.uol.com.br/ciencias/comer-muito-acucar-causa-diabetes.htm

Marina Xandó

ESCRITO POR Marina Xandó

Idealizadora e editora chefe do Ask Mi, Marina é esposa, advogada, blogueira, dona de casa e mãe da Maria Victoria. Começou o AskMi para passar suas dicas adiante. Também é o cérebro - e coração - por trás do Concierge Maternidade AskMi, onde presta consultoria para grávidas, desde o enxoval até organização de recepções e festas.

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Hipertensão infantil!

Hipertensão infantil!

A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta vem atingindo cada vez mais jovens e adolescentes. De acordo com a Organização M undial de Saúde (OMS ), cerca de 17% das crianças brasileiras têm hipertensão arterial. O diagnóstico e a intervenção precoce são fatores importantes para evitar maiores danos na vida adulta. Nesse sentido, a atuação eficaz de um cardiologista pediátrico é essencial. “O aumento da pressão arterial em crianças e adolescentes vem se multiplicando muito entre esse público e isso pode trazer consequências graves para toda a vida. Essa patologia, especialmente em jovens, exige conhecimento e diagnóstico correto para tratamento adequado. Na maioria das vezes, a identificação pode ser feita por meio de medidas de pressão arterial por um profissional de saúde”, explica Pedro Júnior – Cardiologista do HCSG.

Segundo o especialista, a hipertensão entre crianças e adolescentes pode ocorrer por várias causas como pelo coração, rins e sistema endócrino, mas em sua grande maioria não é definida. “Geralmente ela está relacionada à obesidade infantil e ao sedentarismo”, alerta.

 

 

Sintomas e diagnóstico

A hipertensão infantojuvenil, na grande maioria das vezes, pode demorar anos para apresentar alguns sintomas podendo até mesmo ser diagnosticada apenas quando a criança já é adulta. “Dores de cabeça e no pescoço são as principais queixas, após o diagnóstico, os primeiros cuidados são importantíssimos e envolvem basicamente mudança no estilo de vida. Trocar guloseimas por frutas e vídeo game por esporte são fundamentais. Por exemplo: a criança pode tentar ir caminhando para a escola e levar alimentos saudáveis para comer durante o intervalo”, enfatiza.

Dicas para ter um coração saudável

Segundo o especialista, para se ter uma saúde cardíaca em dia é fundamental:

• Praticar exercícios físicos com regularidade;

• Manter uma alimentação equilibrada com frutas, verduras, legumes e evitando o excesso de sal, açúcar, frituras e gorduras saturadas;

• Manter o controle do colesterol, diabetes e pressão arterial;

Mesmo durante o período de pandemia no qual vivemos as atividades físicas e dieta balanceada são essenciais o tratamento contra hipertensão deve envolver toda a família onde a criança e o jovem está inserido. “Se os pais comem mal e não fazem exercícios físicos, as crianças serão estimuladas ao mesmo comportamento, agravando o problema. Em casos mais complicados ou quando associado às outras doenças, os remédios são necessários e para isso o acompanhamento médico é primordial”, esclarece.

“Vale lembrar que, em todos os casos, ela pode ser controlada e a criança pode ter uma vida normal como qualquer outra. O acompanhamento médico e familiar são os fatores mais importantes para que isso aconteça”, finaliza Pedro.

Sobre o Hospital Casa de Saúde Guarujá: Instituição de saúde com foco na excelência do atendimento médico de qualidade, com moderna infraestrutura e tecnologia de ponta.

Fonte: Image 360 / Aryane Costa – Assessora de Comunicação (aryane@image360.com.br)

Imagem: http://radioamerica.arquidiocesebh.org.br/noticia/pediatra-esclarece-duvidas-sobre-hipertensao-infantil/

Marina Xandó

ESCRITO POR Marina Xandó

Idealizadora e editora chefe do Ask Mi, Marina é esposa, advogada, blogueira, dona de casa e mãe da Maria Victoria. Começou o AskMi para passar suas dicas adiante. Também é o cérebro - e coração - por trás do Concierge Maternidade AskMi, onde presta consultoria para grávidas, desde o enxoval até organização de recepções e festas.

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