Por Que Suas Alergias Pioram no Inverno?

Por Que Suas Alergias Pioram no Inverno?

As temperaturas caem, os ambientes se fecham, o ar resseca e os sintomas aparecem. Espirros repetitivos, nariz congestionado, coceira nos olhos, tosse seca, falta de ar. Em milhares de lares brasileiros, o inverno se anuncia não apenas com cobertores e roupas pesadas, mas com o retorno das alergias respiratórias e dermatológicas.

A rinite alérgica, a sinusite, a asma e a dermatite atópica se intensificam nos meses frios. Mas o que muitos não sabem é que por trás desses sintomas, existe um organismo inflamado, carente de nutrientes essenciais e com um sistema imune desregulado.

 

 

Alergias de inverno: o que está por trás dos sintomas?

Durante o inverno, diversos fatores ambientais contribuem para a piora das alergias:

  • Ambientes fechados e pouco ventilados aumentam o contato com alérgenos como ácaros e mofo.
  • Mudanças bruscas de temperatura irritam as vias respiratórias.
  • Ar mais seco favorece o ressecamento das mucosas, facilitando a entrada de agentes irritantes.
  • Maior circulação de vírus compromete a imunidade e reativa quadros de asma e rinite.

O médico nutrólogo, Dr. Gustavo de Oliveira Lima alerta: “Esses são apenas os gatilhos. A causa mais profunda está no estado do organismo que os recebe. Em um corpo inflamado, desnutrido ou imunologicamente vulnerável, qualquer exposição se transforma em crise.”

A inflamação invisível por trás das alergias

As alergias não são causadas por fraqueza, mas por um sistema imune hiper-reativo. O organismo, em vez de ignorar substâncias inofensivas como poeira ou ácaros, reage de forma exagerada, liberando histamina, provocando coceira, inchaço e secreções.

Essa resposta inflamatória é ainda mais intensa quando o corpo já vive em um estado de inflamação crônica de baixo grau, frequentemente causada por:

  • Dietas ricas em açúcares, farináceos e ultraprocessados
  • Consumo excessivo de laticínios industrializados (que podem piorar a produção de muco)
  • Baixa ingestão de antioxidantes naturais
  • Deficiência de vitamina D, zinco, magnésio e ômega-3, nutrientes essenciais à regulação imunológica

Ao contrário da visão tradicional que foca apenas no controle de sintomas com medicamentos, a nutrologia propõe um olhar mais estratégico: tratar a base inflamatória e imunológica que sustenta o ciclo alérgico.

O papel da alimentação na modulação imunológica

Através de uma abordagem multidiciplinar, é possível adotar uma alimentação com foco anti-inflamatório, imunorregulador e rica em compostos bioativos. Veja os principais aliados:

Vitamina D: o escudo natural do corpo

Com a redução da exposição solar no inverno, os níveis de vitamina D caem e com eles, a eficácia do sistema imune. Estudos associam a deficiência de vitamina D ao agravamento de asma, rinite e infecções respiratórias.

Fontes: exposição solar controlada, suplementação orientada, ovos, peixes de águas frias.

Ômega-3: o anti-inflamatório da natureza

Encontrado em peixes como salmão e sardinha, o ômega-3 tem ação potente na regulação da inflamação alérgica, reduzindo episódios de broncoespasmo e produção excessiva de muco.

Zinco e Magnésio: cofatores imunológicos

Esses minerais participam de centenas de reações bioquímicas, inclusive no equilíbrio das células imunes. Sua deficiência torna o corpo mais reativo, desprotegido e inflamado.

Alimentos ricos em antioxidantes

Frutas vermelhas, cúrcuma, gengibre, alho, folhas verdes e azeite de oliva combatem o estresse oxidativo que intensifica os quadros alérgicos.

Alimentos que devem ser evitados durante as crises

  • Laticínios convencionais (aumentam secreção e muco)
  • Alimentos ultraprocessados, embutidos e refinados (agravam a inflamação)
  • Açúcares em excesso (reduzem a ação dos glóbulos brancos)

Cuidar da microbiota também é parte do tratamento

O intestino é a sede de mais de 70% do sistema imune. Quando a microbiota intestinal está desequilibrada, as barreiras de defesa falham, e o organismo passa a reagir mal até a estímulos inofensivos.

Por isso, uma abordagem completa também envolve:

  • Uso de probióticos e prebióticos
  • Dieta rica em fibras e alimentos fermentados naturais
  • Redução de substâncias inflamatórias como glúten e corantes artificiais

Diagnóstico e plano de ação: mais do que antialérgicos

No consultório, o nutrólogo pode solicitar exames para avaliar:

  • Níveis de vitamina D, zinco, magnésio, B12
  • Marcadores inflamatórios
  • Perfil hormonal (especialmente cortisol, que modula a imunidade)
  • Status da microbiota (quando necessário)

Com essas informações, é possível montar um protocolo de reeducação alimentar, suplementação e reequilíbrio metabólico que atua de forma direta na causa do problema, e não apenas nos sintomas.

Alergia não é só poeira é um corpo pedindo equilíbrio

O inverno traz à tona mais do que crises alérgicas. Ele expõe, silenciosamente, um organismo inflamado, carente de nutrientes e sobrecarregado por hábitos que enfraquecem suas defesas.

O Dr. Gustavo de Oliveira Lima conclui: “A boa notícia é que é possível virar esse jogo. É possível modular o sistema imune, reduzir a reatividade e prevenir crises antes que elas comecem. Alergia não é destino. É um sinal. E cada sinal tem um caminho de volta ao equilíbrio.”

 

Fonte: Roneia Forte (sistemas@comuniquese2.com.br) / Dr. Gustavo de Oliveira Lima – Médico CRM/SP 207.928  (Com uma formação sólida em nutrologia e endocrinologia, Dr. Gustavo de Oliveira Lima é reconhecido por sua atuação em emagrecimento saudável e longevidade).

 

Marina Xandó

ESCRITO POR Marina Xandó

Idealizadora e editora chefe do Ask Mi, Marina é esposa, advogada, blogueira, dona de casa e mãe da Maria Victoria. Começou o AskMi para passar suas dicas adiante. Também é o cérebro - e coração - por trás do Concierge Maternidade AskMi, onde presta consultoria para grávidas, desde o enxoval até organização de recepções e festas.

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Como evitar o agravo de alergias respiratórias e de pele no inverno!

Como evitar o agravo de alergias respiratórias e de pele no inverno!

O inverno é o tipo de estação “ame ou odeie”. A queda das temperaturas é o amor de uns, mas o terror de outros, principalmente pelo aumento dos sintomas daqueles que lidam com alergias respiratórias e de pele.

“As alergias respiratórias (como rinossinusites e asma) pioram nesse período porque é um momento de baixa umidade do ar, de alterações bruscas de temperatura e do aumento da poluição atmosférica”, explica a Dra. Brianna Nicolette, alergista e imunologista pela USP.

Essas condições climáticas, por si só, são mais irritantes para a pele e a mucosa de qualquer pessoa. No entanto, para os alérgicos esse efeito irritativo costuma ser pior, já que aumenta a exposição às proteínas alergênicas.

Some-se a isso a vestimenta: no inverno, as pessoas costumam usar roupas de lã e cobertores – ou seja, tecidos que acumulam ácaros -, e que, muitas vezes, estavam a vários meses no armário. Também é habitual nessa época do ano ficarmos em ambientes fechados e com pouca ventilação, o que favorece o desencadeamento de doenças respiratórias e alérgicas.

 

 

“As alergias de pele, como a dermatite atópica e a urticária, também têm impacto nos dias mais frios”, explica a Dra. Brianna. “Nesse caso, os fatores mais prejudiciais nessa época do ano são a baixa umidade relativa do ar e o aumento na temperatura dos banhos, fatores que ressecam ainda mais a pele dos pacientes.”

Pacientes que já convivem com alergias de pele apresentam uma deficiência na barreira cutânea, que tem como função manter a água do organismo – isso significa que essas pessoas perdem mais água do que o normal.

“Por isso, o banho quente, para essas pessoas, é altamente prejudicial, pois a água em altas temperaturas remove o óleo natural da pele, deixando-a mais ressecada e sem proteção”, explica.

Dicas para evitar o agravamento de alergias!

Com tudo isso em mente, o que fazer para evitar a piora das alergias? A Dra. Brianna elencou algumas dicas essenciais e que podem fazer toda diferença nessa época do ano:

– Sempre que possível, abra janelas e portas para arejar o ambiente
– Lave as roupas de inverno antes de usá-las
– Não esqueça de tomar água para manter a hidratação do corpo (e da pele!)
– Evite banhos muito quentes e muito longos
– Use cremes hidratantes adequados para fortalecer a proteção cutânea
– Evite que pets entrem nos quartos e durmam nas camas das pessoas alérgicas (já que o acúmulo de pelos pode aumentar alergias)
– Sempre que possível, tome um pouco de sol para estimular a produção de vitamina D

 

Fonte: Michelly Update Comunicação (michelly@updatecomunicacao.com.br)

Imagem: https://www.saudeemdia.com.br/alergias/dia-mundial-da-alergia-saiba-quais-sao-alergias-respiratorias-mais-comuns-no-inverno/

Marina Xandó

ESCRITO POR Marina Xandó

Idealizadora e editora chefe do Ask Mi, Marina é esposa, advogada, blogueira, dona de casa e mãe da Maria Victoria. Começou o AskMi para passar suas dicas adiante. Também é o cérebro - e coração - por trás do Concierge Maternidade AskMi, onde presta consultoria para grávidas, desde o enxoval até organização de recepções e festas.

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Alergias na Infância!

Alergias na Infância!

Sempre me preocupei com alergias quando a Vivi nasceu, pois bebês são sensíveis e nós, pais e mães, temos que ficar atentos a qualquer sinal do bebê e da criança. Recebi essa sugestão de pauta e resolvi compartilhar com vocês!

 

 

Os especialistas da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) estão à disposição para esclarecer dúvidas sobre as principais alergias na infância no site (aqui).

 

Asma – Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), a asma atinge cerca de 235 milhões de pessoas em todo o planeta. Só no Brasil, a doença afeta aproximadamente 20% das crianças e adolescentes. Estudos apontam que a asma é responsável pela morte de dois milhões de pessoas no mundo.

Responsável pela quarta causa de internação e pela morte de duas mil pessoas por ano no Brasil, a asma é definida como uma obstrução brônquica, geralmente ocasionada por um processo inflamatório. A asma pode ser alérgica e não alérgica. A mais comum e que atinge principalmente as crianças é a asma alérgica, desencadeada pelos alérgenos inalantes como poeira, ácaros, fungos e pólen.

 

Rinite Alérgica – Não é contagiosa e os sintomas são crises de espirros, coriza clarinha, coceira no nariz (podendo atingir também os olhos, ouvidos e a garganta) e entupimento nasal.

Uma criança com pais alérgicos terá aumentada de 50% a 70% a chance de desenvolver uma doença respiratória, inclusive rinite alérgica. No Brasil, um estudo do International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC) mostrou frequência média de 12,5% de rinite entre crianças de 6 e 7 anos e de cerca de 20% em adolescentes com idades de 13 a 14 anos. A incidência progride até a adolescência, fase da vida em que pode afetar até 25% da população.

 

Dermatite Atópica – É mais comum na infância e cerca de 60% dos casos ocorrem no primeiro ano de vida, com melhora gradual até o final da infância. Caracteriza-se por um processo inflamatório da pele com períodos alternados de melhora e piora. Não é contagiosa, tem carácter genético, e, é comum preceder a asma e a rinite. Outros fatores podem desencadear a dermatite atópica, entre eles estão os alimentos, aeroalérgenos (ácaros, fungos, epitélio de animais), perfumes e suor.

 

Alergia Alimentar – No Brasil, não há estatísticas oficiais, porém, a prevalência parece se assemelhar à literatura internacional, que mostra cerca de 8% das crianças com até dois anos de idade sofrendo algum tipo de alergia alimentar.

Mais de 170 alimentos são considerados potencialmente alergênicos, apesar de uma pequena parcela deles ser responsável por um maior número de reações: leite, ovo, soja, trigo, amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar.

Alergia alimentar é uma resposta exagerada do organismo a determinadas proteínas presentes nos alimentos. Envolve um mecanismo imunológico e tem apresentação clínica muito variável, com sintomas que podem surgir na pele, sistema gastrointestinal, respiratório e/ou cardiovascular. As reações podem ser leves, com simples coceira nos lábios, até mais graves, incluindo comprometimento de vários órgãos e potencial risco de óbito.

 

Slimes- Aparentemente inofensivo, pode ser desencadeador de reações irritativas e até alérgicas. Considerada uma reação química, a geleca leva ingredientes como bicarbonato de sódio, ácido bórico, cola branca ou de isopor e ainda pode ter a adição de espuma de barbear, xampu, sabão em pó e corantes.

O alergista e imunologista do Departamento Científico de Dermatite Atópica e de Contato da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), Dr. Nelson Guilherme Bastos Cordeiro, alerta para o perigo, especialmente em crianças, já que a fabricação do slime caseiro não tem concentrações padronizadas. Os resultados podem ser queimaduras químicas, irritação nos olhos e dermatites de contato por irritantes. “A queimadura, especialmente nas mãos, pode ser a reação mais grave por ação abrasiva causada pelo borato de sódio (bórax), explica Dr. Cordeiro.

“Existe ainda risco de reações alérgicas devido ao contato prolongado da criança ao brincar com o slime, expondo a pele mais sensível, nessa faixa etária, às substâncias com ph mais elevado (básico), com comprometimento de sua integridade. Dentre essas substâncias, destaca-se a metilisotiazolinona ou kathon CG encontrada em cosméticos, xampus, gel de barba, espuma de banho e amaciante de roupa, ingredientes muitas vezes utilizados na confecção do slime. Entretanto, não há relato de anafilaxia ou choque anafilático” explica o especialista em Alergia e Imunologia”.

 

Auxilio texto: Gengibre Comunicação / Patrícia de Andrade – patricia@gengibrecomunicacao.com.br / www.asbai.org.br

Imagem: https://www.vidaativa.pt/a/alergias-alimentares-mais-comuns-infancia/

Marina Xandó

ESCRITO POR Marina Xandó

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