Estresse causado pela pandemia está envelhecendo as pessoas mais rápido!

Estresse causado pela pandemia está envelhecendo as pessoas mais rápido!

Uma pesquisa conduzida por psicólogos e psiquiatras em Nova York, Texas e no Canadá avaliou o impacto da pandemia do novo coronavírus e o isolamento social na saúde mental de mais de 6,8 mil pessoas. O estudo aponta que 28% relatam ansiedade elevada e 22% apresentam sintomas depressivos significativos causados pelo estresse.

O estresse quando se torna crônico, além de aumentar o risco de problemas cardiovasculares, como hipertensão e infarto, e afetar o sistema imunológico, também traz efeitos negativos na pele. De acordo com um estudo publicado na revista científica Inflamm Allergy – Drugs Targets, a liberação crônica de cortisol, o hormônio do estresse, causa atrofia cutânea, diminuição do número de fibroblastos, colágeno e elastina e também está associado ao aparecimento de rugas.

A cirurgiã plástica que atua na área de rejuvenescimento facial, Ana Carolina Chociai, explica que os fibroblastos são as células responsáveis pela síntese de colágeno, proteína que confere elasticidade aos tecidos.

“A diminuição de fibroblastos e do colágeno também reduz a resistência, não só da pele, mas também dos demais tecidos que se tornam flácidos”, explica a médica Ana Carolina Chociai. Segundo ela, as pálpebras são as áreas mais afetadas do rosto, devido a sua anatomia, já que a pele mais fina do corpo está na pálpebra.

 

Simulação de envelhecimento e flacidez facial – Crédito: Divulgação

ESTRESSE – Picos de estresse podem ser o gatilho para o surgimento ou agravamento de problemas como a dermatite atópica, psoríase, urticária, vitiligo, acne e até mesmo enfraquecimento e queda de cabelo.

No cabelo, por exemplo, o cortisol em excesso promove a vasoconstrição das raízes, encurtando a fase de crescimento capilar devido a falta de sangue e nutrientes para os fios, um processo conhecido como eflúvio telógeno. É em picos de estresse que também ocorrem danos permanentes às células produtoras de melanina (pigmento do cabelo) e a perda da cor dos cabelos pode ser permanente, segundo pesquisa conduzida em Harvard e publicada na edição de janeiro na Nature.

“Neste momento, trabalhamos em equipe para a manutenção integrada da saúde do paciente. No caso dos cabelos, o primeiro passo quando se verifica a queda de cabelo é marcar uma consulta com o médico dermatologista que fará a tricoscopia e o diagnóstico, já que muitas doenças podem resultar na queda dos fios”, comenta Chociai.

PREVENÇÃO – Com o avanço da tecnologia e da medicina voltada à beleza, hoje é possível buscar tratamentos para prevenir o envelhecimento e buscar o rejuvenescimento com aspecto natural. Dentre os procedimentos utilizados com esse objetivo existem as já conhecidas aplicações de ácido hialurônico, bioestimuladores de colágeno e também tecnologias novas como os laseres de ultra performance.

Segundo a médica Ana Carolina Chociai, o ideal é durante uma consulta é realizar uma avaliação minunciosa de todas as camadas da face, desde a estrutura óssea até a pele. “Atualmente temos várias opções de tratamento de rejuvenescimento e mesmo estratégias pré-envelhecimento, chamadas de beautification ou positive aging. A indicação depende de cada caso e dependerá da avaliação médica”, completa.

 

Auxilio texto: Fernando Garcel (fernando@comunicore.com.br) / Dra. Ana Carolina Chociai – Cirurgiã plástica

Marina Xandó

ESCRITO POR Marina Xandó

Idealizadora e editora chefe do Ask Mi, Marina é esposa, advogada, blogueira, dona de casa e mãe da Maria Victoria. Começou o AskMi para passar suas dicas adiante. Também é o cérebro - e coração - por trás do Concierge Maternidade AskMi, onde presta consultoria para grávidas, desde o enxoval até organização de recepções e festas.

#envelhecimento#estresse#prevenção

O açúcar envelhece?

O açúcar envelhece?

Oi meninas, tudo bem??? Faz um tempinho que não temos por aqui a coluna da top nutricionista Carol Grillo e sei que vocês estão sentindo falta pois recebi vários comentários. E como sempre atendo a pedidos das minhas queridas leitoras, hoje temos um tema abordado pela Carol super bacana e que gera muitas dúvidas. Confiram:

 

O açúcar envelhece?

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Glicação ou reação de Maillard, consiste em uma reação na qual pequenos carboidratos, como a frutose e a glicose, ligam-se covalentemente a um grupo proteico ou a um lipídeo sem a atuação de uma enzima. É um processo aleatório que prejudica o funcionamento das biomoléculas refletindo o processo de envelhecimento, pois afeta ácidos nucleicos e proteínas, como o colágeno, os quais, quando modificados, podem gerar erros funcionais ou estruturais no organismo.  Ou seja, o açúcar ataca as proteínas de sustentação da pele causando danos nas fibras elásticas e no colágeno originando flacidez e surgimento de rugas.

 

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A glicação ocorre em baixa velocidade, evidenciando o gradativo processo de envelhecimento. Assim, células de vida longa, como células nervosas, e proteínas de longa duração, como colágeno, além do DNA, estão entre as estruturas mais suscetíveis a acumular danos consideráveis durante a vida por causa da presença de AGEs (produtos finais da glicação avançada). Esse fato é melhor explicado devido à baixa eliminação de produtos glicados pelos rins, onde o fator de depuração renal dessas substâncias é de apenas 30%; assim, a meia-vida, ou seja o tempo necessário para eliminação de metade da concentração analisada como inicial, de uma macromolécula glicada dentro do corpo é cerca do dobro da vida média de muitas células e implica em maior tempo desses compostos em uma célula com longo tempo de vida.

 

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Segundo estudo publicado pela Universidade Federal de Nutrição de Alagoas, o organismo conta com a atividade do sistema imune para combater a glicação, pois alguns macrófagos apresentam receptores especiais para AGEs, o que os permite reconhecer estes compostos e fagocitá-los, degradando-os; os compostos resultantes desses processos de degradação são enviados para a corrente sanguínea, onde são filtrados pelos rins e eliminados na urina, algo que levaria muito mais tempo do que se ocorresse sem a prévia quebra desses compostos. Entretanto, com a gradativa queda na atividade renal e imunológica, níveis de AGEs tendem a aumentar com a idade.

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Para combater a glicação, podemos adotar alguns hábitos que irão minimizar o processo:

 

Ø Uso de antioxidantes orais e tópicos

Ø Uso de deglicantes orais e tópicos

Ø  Dieta alimentar com a mínima ingestão possível de açúcar

Ø Ingestão de fibras

Ø Ingestão de ácidos graxos poli-insaturados (ômega-3)

Ø Implementação de sono adequado (pelo menos 5 horas de sono reparador por noite)

 

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Acredito que em pouco tempo já teremos no mercado produtos desenvolvidos para inibir a glicação. Até lá cabe a cada um fazer as escolhas certas.

Bom meninas, eu espero ter contribuído e ter tirado possíveis dúvidas de vocês!!! Para maiores informações vocês podem enviar email para grillo.caroline@gmail.com e sigam o meu Instagram profissional @nutricarolgrillo .

Beijos Carol.

Carol Grillo

ESCRITO POR Carol Grillo

Com inúmeros cursos de especialização, além de uma pós-graduação em nutrição clínica, Carol é uma nutricionista focada em ajudar seus pacientes a seguirem uma rotina alimentar saudável, equilibrada e direcionada a resultados.

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