Oi meninas, tudo bem? No post de hoje vou contar um pouco sobre como foram minhas experiências com a amamentação. Não estou aqui para falar que o leite materno é o melhor para o bebê, sobre a conexão que cria entre mãe e filho, etc… Para ser muito sincera eu acho que isso tudo é muito relativo, mas nem vou entrar nesse tópico para não criar polêmicas, cada um sabe de si. Quero falar sobre um pouco do que aconteceu comigo, para, quem sabe, ajudar alguém que passe pela mesma situação.
Minhas duas experiências foram completamente diferentes. Quando o Antônio nasceu achei que seria tudo igual a Sofia, mas foi quase o oposto. Vamos por partes…
Sonho meu quando eu estava grávida era ter uma mamada tranquila assim…
Logo que a Sofia nasceu e eu comecei a amamentar percebi que eu tinha MUITO leite. Me indicaram usar aquelas conchas (a minha era essa aqui – anti empedramento http://www.americanas.com.br/produto/5421330/conchas-para-preparacao-do-mamilo-base-rigida-promillus) enquanto eu amamentava, e elas simplesmente jorravam leite (uiii) de tão cheias que ficavam. Na primeira semana em casa tive que chamar a enfermeira obstetriz da minha médica para me dar umas dicas de amamentação e me ajudar um pouco, pois meu peito estava empedrando e por mais que a Sofia mamasse, não melhorava.
A Denise (um anjo na minha vida) fez uma massagem milagrosa que desempedrou tudo e me ajudou MUITO. No entanto a Sofia chorava MUITO para mamar, muito mesmo. Era 1 minuto mamando e 10 chorando, e assim ia por uma hora. Quando ia dando o horário da mamada eu já ficava preocupada pensando “Meu Deus como será agora?”. Era um escândalo. E eu tentava de tudo: amamentar no peito, dar meu leite na mamadeira, dar leite em pó na mamadeira, e ela não queria nada, só chorava, se esgoelava. Até que ela começou com uma assadura no bumbum que não sarava e pelo contrário, o bumbum dela foi ficando em carne viva. Resolvi levá-la numa dermatologista (pois o pediatra cada hora passava uma pomada e nada adiantava) que disse ter 90% de certeza de que aquilo era APLV (alergia a proteína do leite de vaca) – ela estava com um mês e duas semanas.
Cortei leite e derivados da minha alimentação (troquei de pediatra para um alergista) e em uma semana o bumbum dela estava quase zerado. Os choros para mamar diminuíram muito, mas não sei se ela ficou “traumatizada” com esse tipo de alimentação, ela só mamava se estivesse morrendo de fome. E eu com MUITO leite, mas muito mesmo. Tinha que tirar várias vezes ao dia, pois ela não dava conta de mamar tudo… Eu doava para o hospital, para meu sobrinho, etc… Eu tirava em média 1 litro pro dia – vocês tem noção do que é isso?!?! Com a minha alimentação muito restrita acabei emagrecendo muito e cheguei a pesar 47kg (e ainda assim produzindo mais leite que qualquer pessoa que eu conheça) e decidi que iria insistir no aleitamento materno até os 4 meses. No entanto, com 3 meses e uma semana, Sofia se recusou a mamar de vez. Não aceitava NADA, nem leite, nem leite em pó, nem mamadeira nenhuma, nada nada nada… Ela chegou a emagrecer e como eventualmente ela teria que aprender a tomar o leite para crianças com APLV (no caso dela era o Pregomin Pepti – que tem um gosto horrível), insisti no leite em pó e em uma semana ela aprendeu a tomar – ainda assim apenas quando estava com muito fome.
Era muito difícil a questão do aleitamento materno com ela, pois às vezes eu comia alguma coisa que nunca imaginava que tinha leite (por exemplo Nesfit) e de repente quando amamentava ela chorava mais que o normal – eu já sabia, tinha comido algo com traços de leite. Enfim, esse comecinho foi bem difícil, mas quando dei a primeira papinha ela AMOU e passou a se alimentar super bem. A alergia dela passou com 7 meses e hoje em dia ela come de tudo e toma Enfagrow até hoje, adora.
Esse era o modelo da minha bombinha Medela
Sofia com um dia de vida… Coitadinha, como ela sofreu nesse comecinho, era de doer o coração!
Quando Antônio nasceu eu imaginava que seria tudo mais ou menos parecido então já estava meio “preparada” para muitos choros, nada de leite e derivados na alimentação, muito leite, bombinha medela all day long, etc… Mas Antônio me surpreendeu desde o começo: não chorava para mamar e era super guloso.
Tão guloso que logo no hospital machucou meu peito de tal forma que um dia, enquanto eu amamentava às 3 da manhã, ele parou de mamar para arrotar e vomitou MUITO sangue vermelho vivo. Eu quase enfartei, ainda bem que ainda estava internada. Ele havia machucado muito meu peito enquanto mamava e foi bebendo aquele sangue ao longo dos dias. O estômago não digere sangue então uma hora chegou no “limite” e ele colocou tudo pra fora.
O hospital fez um exame para ver se o sangue era dele ou meu e graças a Deus era meu. Por causa disso tive que ficar sem amamentar por 3 dias até meu peito cicatrizar. Eu continuava internada, pois tive uma leve celulite infecciosa na barriga pós parto e precisava tomar antibiótico na veia, então como não podia ir para casa ficava difícil fazer todos os procedimentos para o peito cicatrizar… E também estava muito difícil de drenar todo o leite que eu produzia, então as enfermeiras faziam uma massagem e depois colocavam gelo para diminuir a produção.
Resumindo: Quando cheguei em casa, quase não tinha mais leite, de tanto gelo que colocaram… Aquela pessoa que tirava 1 litro extra de leite no primeiro filho agora precisava dar complemento na madrugada pois não produzia o suficiente. Meu peito continuava machucado e sangrando às vezes e a Denise veio novamente cuidar de mim. Ela me indicou fazer banhos de luz infravermelha para cicatrização, ficar o máximo de tempo possível de “top less” e me passou um remédio que ajudava, mas que eu tinha que lavar muito bem o peito antes de amamentar. Ah, e ela não indica o Lansinoh, disse que apenas anestesia e não cicatriza. Comecei a tomar o chá da mamãe para ver se ajudava e assim fui amamentando, leite materno e complemento, até o Antônio ter 4 meses e pouco. Ele era super calminho e mamava super bem, uma delícia!! E também teve APLV, mas eu já estava acostumada e soube me adaptar melhor dessa vez.
Essa era a luz que eu usava para a cicatrização, comprei no site: http://www.futurasaude.com.br/aparelhos-e-equipamentos/lampada-infravermelho?gclid=CO-x3JXu4MgCFQ6BkQodg8QE3Q
Já o príncipe desde o começo se deu bem com as mamadas!
O que eu tentei passar aqui é que nem tudo é sempre um mar de rosas, aquela propaganda do governo da mulher amamentando lindamente em qualquer lugar e o bebê todo feliz. Nunca consegui amamentar a Sofia fora de casa. E no comecinho sempre existe alguma dificuldade, temos que procurar ter calma, força e achar uma solução. Para mim o que importa é o amor, o carinho entre mãe e filho, e não se o leite é seu ou não… Espero que tenha ajudado alguém!!!
Beijos,
Tamara
Ps- Esqueci de contar. A Denise vende os MELHORES sutiãs de amamentação que existem: eles tem uma mega sustentação, são anti empedramento, etc. Para quem quiser, o contato dela é (11) 99269-2485
ESCRITO POR Tamara Rudge
Tamara tem 29 anos e é mãe da Maria Sofia, 3 anos, e do Antonio José, 9 meses. É engenheira civil, dona de casa, casada e uma eterna apaixonada pelo universo da maternidade e a moda infantil.